Em novembro de 1904, na cidade do Rio de Janeiro, uma enorme revolta popular tomou conta das ruas cariocas. A população mais carente da cidade foi até o Palácio do Catete revoltada exigir o término da vacinação obrigatória contra a varíola.
Na época, as pessoas entraram em pânico ao ver agentes sanitários invadindo suas casas para aplicar as doses, pensando que o remédio era, na verdade, veneno.
Cem anos depois, após a erradicação da varíola, grupos de pais preocupados com os efeitos da vacinação em seus filhos pararam, em segredo, de dar as doses recomendadas a eles. Muitos estão preocupados com supostos efeitos colaterais que possam comprometer a saúde das crianças.
Em grupos de Facebook que, segundo reportagem do Estadão, contém mais de 13,2 mil pessoas, mostra alguns pais trocando posts de blogs relatando, sem base científica, problemas provenientes da vacinação. Um dos mais populares é a ideia de que algumas das vacinas contríbuam para o desenvolvimento de autismo.
Especialistas dizem que o médico britânico Andrew Wakefield foi grande responsável pela repercussão dessas ideias que publicou um estudo relacionando a vacina tríplice viral (contra caxumba, rubeóla e sarampo) ao surgimento de autismo em crianças.
Pesquisas posteriores mostraram, porém, que os resultados obtidos pelo inglês eram completamente falsos.
Mas ideia de que vacina não é confiável já tinha se espalhado.
Levi explica que além de proteção individual, a vacinação é um dever social.
A vacina é vítima de seu próprio sucesso, pois é muito raro ver pessoas ou crianças sofrendo de paralisia infantil, por exemplo. Por isso muitos pais não dão a importância pras vacinas como deveriam.
Todas as vacinas são necessárias, para saber de sua ação e sintomas procure o Posto de Saúde e peça informações. Mas nunca deixe de receber!
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/05/como-recusa-em-vacinar-os-filhos-pode-afetar-toda-sociedade.html
por Roberto Andrade
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